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Quando o Vazio Dói Mesmo ao Lado de Alguém: Um Olhar Sistêmico para a dor do vazio

Quando o Vazio Dói Mesmo ao Lado de Alguém:  Um Olhar Sistêmico para a dor do vazio

Quando o Vazio Dói Mesmo ao Lado de Alguém: Um Olhar Sistêmico para a dor do vazio

“Sinto uma solidão tão grande que grita, dói, corroi, mesmo quando estou junto do meu companheiro (a)!” — Uma frase ouvida com frequência no consultório, dita por quem, em meio ao cotidiano de um relacionamento amoroso bom, sente um vazio que parece perfurar o peito.

Esse sentimento — de estar acompanhado, mas internamente só — é um dos maiores paradoxos vividos por muitos casais. E na abordagem sistêmica, essa dor tem um eco ancestral.

Esse vazio conjugal não é apenas ausência de afeto, sexo ou cumplicidade. Ele carrega um tom mais profundo, quase existencial, como se faltasse algo essencial dentro do próprio ser.
As pessoas relatam:

  • “Tenho tudo para ser feliz, mas sinto como se faltasse uma parte de mim.”

  • “Meu parceiro me ama, mas eu continuo sentindo uma solidão que não tem sentido.”

  • “Parece que mesmo vivendo com alguém, continuo me sentindo sozinha.”

Essa sensação não é apenas psicológica. Ela é sistêmica.

O Vazio como Eco Transgeracional

Na visão de Bert Hellinger, o vazio que habita um indivíduo dentro de uma relação conjugal pode ser o eco de uma dor que não é sua. Pode ser a manifestação de vínculos inconscientes com membros excluídos da família, lutos não elaborados, amores que não puderam ser vividos ou filhos abortados que nunca foram nomeados.

Em "A Simetria Oculta do Amor", Hellinger escreve que o amor não flui quando estamos ligados a algo ou alguém do passado que não foi visto, reconhecido ou respeitado.

Esse vazio pode ter tido origem em:

  • Uma dor da infância, sobretudo com a mãe.
    O amor interrompido no início da vida gera um “furo” afetivo que nem o melhor parceiro pode preencher. A criança que não pôde acessar o colo materno carrega, no corpo adulto, uma fome emocional que confunde amor com salvação. E isso se projeta no parceiro(a), que se torna um “substituto emocional”, o que invariavelmente leva à frustração.

     

  • Lealdades invisíveis a membros do sistema familiar.
    Como diz Anne Ancelin Schützenberger, em "Aze?m da vergonha: Lealdades familiares invisíveis", padrões de sofrimento são passados de geração em geração por fidelidade inconsciente. Às vezes, o vazio que sentimos é o de alguém que foi deixado para trás no sistema: uma bisavó que morreu de amor, um tio que enlouqueceu, um aborto jamais nomeado. Ficamos "vazios" para que eles possam "existir" em nós.

     

  • A repetição de uma história de abandono, exclusão ou rejeição.
    Como em “Para que o Amor Dê Certo”, Hellinger nos lembra: o amor só pode florescer quando o que veio antes é reconhecido. Um coração que carrega o peso de não poder se separar de seus mortos, excluídos ou pais, não pode se entregar completamente à vida ou ao outro.

A Solução Sistêmica: Do Vazio à Plenitude do Amor Consciente

  1. Ver e Honrar Quem Veio Antes

O que quis dizer Bert Hellinger com a frase: Quando todos têm seu lugar, o amor flui? 

Quis nos trazer à consciência que precisamos incluir aqueles que foram, por algum motivo retirados do direito de pertencer a família. 

E esse vazio, só se dissolve quando olhamos para trás e dizemos:

  • “Eu vejo você.”               

  • “Você pertence.”                    

  • “Agora eu deixo com você o que é seu, e sigo com o que é meu.”

Isso pode ser feito por meio de constelações familiares, exercícios de visualização, ou orações sistêmicas. A pessoa, ao honrar e liberar o vínculo inconsciente com esses destinos passados, se reapropria de sua energia vital e preenche daquilo que faltava.

  1. Reconexão com a Mãe

A dor do vazio muitas vezes nasce de uma ruptura com o feminino primordial — a mãe.
Bert Hellinger dizia: “Quem toma a mãe, toma a vida”.
Tomar a mãe é aceitar tudo: o que foi dado e o que faltou. Tudo da maneira que ela entregou, como entregou e quanto entregou, sem reclamação ou reivindicação de mais ou menos.  E quando a alma adulta reconhece esse movimento, ela pode deixar de exigir que o parceiro preencha um espaço que não é dele.

  1. Tornar-se Responsável por Si no Amor

“Ninguém pode preencher o que eu não me dou.”

O parceiro é um companheiro, não um curador. A cura é um ato íntimo. A inteligência sistêmica convida à autorresponsabilidade: olhar o que se espera do outro e perguntar — isso é meu ou é do meu sistema?

  1. Ritualizar o Luto Sistêmico

Muitas vezes, o vazio só existe porque ainda há luto não vivido. Um amor perdido, um bebê que não veio, uma separação não superada. Ritualizar esses vínculos através de cartas, constelações ou práticas de despedida permite à alma liberar espaço para o amor presente.

Amar com Inteireza é um Caminho Sistêmico

O vazio que dói no peito mesmo ao lado de alguém é o chamado amoroso do sistema para que olhemos onde houve exclusão, interrupção ou dor silenciada.

O parceiro não é a causa. Ele é o espelho.
E o relacionamento, o cenário onde essas dores podem finalmente vir à luz e serem transmutadas em consciência, pertencimento e amor maduro.

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Danielle Bidha (48) 98473-0001 para mais informações.

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